Opinião: O Último Lobisomem


A espécie dos lobisomens está ameaçada! Apenas há um sobrevivente, Jacob Marlowe.

Jacon é confrontado com a eminência da sua morte, uma organização (OMCFO - Organização Mundial de Controlo dos Fenómenos Ocultos) que visa a erradicação dos lobisomens, persegue-o e apesar das tentativas constantes de iludir a sua vigilância vê constantemente os seus intentos gorados.

Juntando o pesado fardo da recordação da morte da sua amada que o acompanha por mais de um século e o consome, o facto da vida não lhe trazer já grandes mistérios e o seu protector e velho amigo humano, Harley, cuja idade lhe vislumbra um fim próximo, Jacob verte no seu diário um estado anímico desconcertante e despojado de vontade de viver.
Apresentado-nos um relato frio, cruel e violento da sua vida desde a transformação, há aproximadamente 170 anos.

O surgimento de Tallulah, a última lobisomem, apresenta-se como o ponto de viragem nesta onda decadente, onde a passividade e desalento dão lugar a uma paixão arrebatadora e uma vontade desenfreada pela vida.
Todos os valores, todas as razões voltam a fazer sentido. Mas os obstáculos à sua existência são cada vez mais palpáveis e inevitáveis, será tarde de mais?

Este relato começa por nos ser oferecido em forma de diário/registo que converge no presente e nos coloca no centro da acção.

Uma mistura explosiva entre a violência atroz e o sexo cru, dando um trago agridoce ao livro.
É nos oferecida uma escrita madura e cativante que corta com o convencional, e que pretende também um leitor com alguma maturidade para poder usufruir plena e conveniente do que nos é oferecido. Gostei do livro e da forma como foi apresentado.


This entry was posted in , . Bookmark the permalink.

Leave a reply