Um dia na vida de Ivan Deníssovitch





Título: Um dia na vida de Ivan Deníssovitch

Autor: Aleksandr Soljenítsin

Tradutor: António Pescada

Págs: 176

Editora: Sextante

Publicação: 20 de Setembro de 2012



« Vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1970, Soljenítsin é um marco da literatura russa do século XX »

O Livro

Expressamente citado pela Academia Sueca no momento da atribuição do Prémio Nobel de Literatura a Aleksandr Soljenítsin, em 1970, Um dia na vida de Ivan Deníssovitch foi o primeiro romance publicado na União Soviética relatando a vida nos campos de trabalho dos prisioneiros políticos e a repressão estalinista.

Nessa altura, em 1962, embora causando grande polémica interna, a obra foi saudada em todo o mundo como símbolo da nova literatura russa e da abertura krutcheviana. Mas em 1974 Soljenítsin viria, depois de expulso da União dos Escritores, a ser detido e deportado.

Um dia na vida de Ivan Deníssovitch relata um dia de um prisioneiro num gulag do Cazaquistão.

Narrativa brilhante e densa, herdeira das grandes tradições da literatura russa.

A Sextante inicia com este romance a publicação em Portugal de obras de Aleksandr Soljenítsin pela primeira vez traduzidas diretamente do russo.

O autor:

Combateu na Segunda Guerra Mundial e esteve preso e internado em campos de trabalho forçado de 1945 a 1953, após críticas privadas a Estaline. Ilibado na sequência da «abertura» criada pelo famoso discurso de Krutchev denunciando os crimes estalinistas, foi professor e iniciou o seu percurso de escritor nos anos 50. Um dia na vida de Ivan Deníssovitch, classificado por Aleksandr Tvardovski, seu editor na revista Novy Mir, em 1962, como um «clássico», teve a sua publicação expressamente autorizada por Krutchev e foi estudado nas escolas.

Mas a vida de escritor de Soljenítsin viria a ser atribulada e reprimida na sequência da recusa pela União dos Escritores da publicação de Pavilhão de cancerosos e da atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 1970. Foi expulso da União Soviética em 1974, vivendo na Suíça, em França e nos Estados Unidos até à queda do Muro de Berlim, após o que regressou a Moscovo, em 1994, sendo recebido triunfalmente. As suas obras marcaram indelevelmente a literatura russa do século XX, inserindo-se na grande tradição narrativa de nomes como Tchekov, Tolstoi e Dostoievski.

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