Opinião: Half Wild – Entre o Humano e o Selvagem de Sally Green





 


Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

Nathan consegue finalmente escapar do cativeiro. Depois de encontrar o seu pai e de este lhe oferecer um dom poderosíssimo, completando assim os três dons que o confirmam como bruxo adulto, o jovem sabe, contudo, que ainda não se encontra a salvo e que tem de continuar a fugir. Porque de um lado estão os Bruxos Negros que o odeiam e do outro, os Bruxos Brancos que desejam a sua captura.

No meio deste conflito, Nathan tem de conseguir encontrar o seu amigo Gabriel e resgatar Annalise, a jovem que ama e que está prisioneira do temível bruxo negro, Mercury. Mas para ser bem-sucedido, Nathan sabe que terá de aprender a controlar o seu próprio poder…

Half Wild é a continuação do livro Half Bad  ̶  Entre o Bem e o Mal, aclamado internacionalmente pela crítica e pelo público.




Tal como antecessor, o grafismo da capa está fantástico.


Depois da boa impressão que me deixou o primeiro livro da trilogia “The Half Bad”, a autora apresenta-nos Half Wild, o segundo volume da trilogia (ver opinião aqui), razão pela qual na primeira oportunidade mergulhei no livro.

A escrita da autora mantem-se simples e clara.


Neste livro, Nathan empreende uma cruzada para resgatar Annalise, e é interessante ver como a personagem Nathan evoluí e de alguma forma amadurece apesar do estigma que o acompanha e da sua necessidade legítima de compreender e encontrar respostas.


Quanto ás personagens secundárias, Gabriel é uma boa surpresa: leal, companheiro, inteligente e sobressaí pelo papel que desempenha no enredo, mas, por outro lado, gostaria de ver Annalise mais exposta no enredo. 


Mateus, pai de Nathan, por sua vez é intrigante, violento e poderoso. Acredito que poderão haver mais surpresas à espera no terceiro livro que possam alterar a percepção que temos de alguns dos personagens.


O denominador comum desta história e em toda a acção do livro é a “procura”, a procura de Gabriel, a procura de si próprio, a procura de compreender e dominar o seu dom, a procura de Annalise, a procura de Marcus. 


Gostei da intensidade dada ao enredo, da ambição da autora ao levar determinadas cenas ao extremo e assim providenciar ao leitor uma deliciosa trama e um arrojado desfecho.


Há também elementos novos neste livro… , uma abordagem, ainda que ténue, à sexualidade na juventude. Esta abordagem não é muito usual nos chamados livros “YA”, pois acho que há um pudor exagerado neste segmento. Concordo e aprecio a abordagem da autora pois acredito que não devem haver tabus, acredito que a mensagem deve ter a forma adequada de acordo com a idade a quem é dirigida.


Deixo a pequena nota, que poderá haver também alguns detalhes que podem chocar as pessoas mais sensíveis, no que à violência diz respeito. Para mim são detalhes que abrilhantam a obra, mas essa é a minha opinião pessoal.


Sally Green, uma vez mais, não facilitou a vida de Nathan e não se coibiu de o confrontar com diversas adversidades e obstáculos para delícia dos leitores. Julgo que o desfecho do enredo é um inteligente convite ao próximo livro.
 

E agora…? Quando chega o próximo?






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