Opinião: O Samaritano de Mason Cross


 



Após uma noite de tempestade, em Los Angeles, a detetive Jessica Allen é chamada ao local onde houve um deslizamento de terras. O motivo? Uma descoberta macabra: foi encontrado o corpo de uma jovem cujo pescoço foi degolado com um corte invulgar.

No mesmo dia, são descobertos perto daquele local outros dois corpos mutilados de maneira semelhante.  A detetive descobre que se trata da obra de um assassino que opera há mais de dez anos, sem nunca ter sido apanhado. É conhecido como o «Samaritano » e captura jovens desamparadas, cujos carros avariaram, deixando-as paradas e sozinhas na estrada.

É então que Carter Blake aparece para oferecer os seus serviços a esta investigação policial. O secretismo em volta das suas verdadeiras intenções leva a detetive a desconfiar dele. Mas quando o Samaritano prossegue com uma escalada de assassínios, os dois terão de se unir para o deter de uma vez por todas….
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Depois de ler O Caçador (Carter Blake #1) fiquei curioso com a evolução desta série. Quando saiu O Samaritano (o segundo desta série) disse para mim que tinha aqui a possibilidade de avaliar a consistência da série.




O certo é que gostei, gostei Carter Blake, um “lobo” solitário que aplica os conhecimentos adquiridos num passado nebuloso, que vamos desvendando pouco a pouco. Há poucos como ele a localizar pessoas que não querem ser encontradas! Adoro heróis solitários e toda a sua entrega despojada, por não ter nada a perder, em prol de um objectivo.  

A sorte ditou uma macabra descoberta: após um aluimento de terras é descoberto um corpo com um peculiar corte no pescoço. Após as investigações de Jessica Allen, uma detective com um apurado faro, esta descobre semelhanças com um outro caso antigo. Rapidamente chega à conclusão que poderão haver muitos mais casos...


A imprensa não demora a divulgar vários dos detalhes da investigação, e é nessa divulgação que Carter reconhece a assinatura do assassino... , Carter não pode virar as costas a esse facto pois reconhece algo familiar…


Desde cedo da série que percebemos que Carter enceta muitos esforços de forma a passar incógnito em todos os seus trabalhos. O que lhe dá todo um enfoque misterioso. 

Mas neste livro Carter é obrigado a expor-se e a confrontar-se com alguém que se encontra ao seu nível … e isso pode vir a revelar-se muito perigoso...


Este livro apareceu na altura certa. Precisava de um livro assim, cheio de adrenalina para quebrar dias rotineiros e cansativos. O livro foi o ponto de equilíbrio entre o conforto do cadeirão no final da noite e a urgência da acção contida no enredo.

Mason Cross é um autor que me está a intrigar, parece-me que cada livro tem uma abordagem diferente à trama, o que enriquece em muito cada um dos livros. Somos sempre surpreendidos...


Carter é uma personagem rica, que encerra em si uma solidão palpável. E ao contrário do que é usual neste tipo de heróis é bastante sociável, tem um trato fácil (apesar de por vezes não o parecer) o que cria de imediato uma empatia com o leitor. 


Jessica é uma personagem que gostaria de rever em livros posteriores. É determinada, também muito perspicaz. É colocada numa posição não muito cómoda pelo seu passado mas esse facto joga a seu favor e dá-lhe ímpeto para resolver os casos. Neste livro divide o protagonismo com Carter. Parece-me que há aqui uma predilecção do autor por personagens mais solitárias.

Este é um livro que recomendo, aliás é tão bom que não hesitei em me lançar no seu terceiro livro da série (O Fugitivo), mas sobre este vou falar no próximo post. J











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